"Um guerreiro faz a sua própria disposição. Precisamos da disposição de guerreiro para todos os atos. Se não, ficamos fracos e feios. Não existe poder numa vida que não tenha essa disposição.
Um guerreiro, ao contrário, é um caçador. Calcula tudo. Isso é controle. Mas, uma vez terminados seus cálculos, ele age. Entrega-se. Isso é abandono.
Um guerreiro não é uma folha à mercê do vento. Ninguém pode empurrá-lo; ninguém pode obrigá-lo a fazer coisas contra si ou contra o que ele acha certo.
Um guerreiro pode ser ferido; mas não ofendido _  Para um guerreiro, não há nada de ofensivo nos atos de seus semelhantes, enquanto ele estiver agindo dentro da disposição correta.
A disposição de um guerreiro não é assim tão artificial para o seu mundo ou o de qualquer pessoa. Você precisa dela para poder livrar-se de todas as besteiras.
Conseguir a disposição de um guerreiro não é coisa fácil. É uma revolução. Considerar uma onça, ou os ratos d'água e nossos semelhantes como iguais é um ato magnífico do espírito do guerreiro.
É preciso poder para fazer isso".

Dom Juan, apud Castaneda in Viagem a Ixtlan - página 128.

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